sábado, 13 de março de 2010

Heloisa e o monstro velho e magricela (com intervenções de Machado de Assis)




15 anos e à procura de diversão. Rodando, rodando, 360º com o braço direito levantado procurando apontar para alguém, cantando unidunitê. Esse alguém teria que ter algo de especial, pelo menos aparentemente. Até que fui fazer umas aulas de violão e conheci um cabeludo, velho e magricela. Como ele mesmo disse, ele era um sex symbol pra uma garota curiosa. Com uma ajuda de seus feromônios, decidi que seria ele O escolhido. O escolhido, pelo meu Aurélio, significa ter alguém para correr atrás, idolatrar e admirar para fugir dos meus coleguinhas chapa-cocô. Em poucas permutas de palavras pude descobrir que ele gostava de Woody Allen, era palmeirense, tinha um cachorrinho carinhoso, ia ao Centro Cultural assistir umas peças, era vegetariano, pintava geladeira nas camisetas, usava umas calças sociais boca de sino, e tocava flamenco. E nada mais afrodisíaco que esse tal de flamenco, Jesus me abana!
Intervenção 1:
Jornanalista: O que é o amor?
Machado de Assis: A melhor definição do amor não vale um beijo de moça namorada.

Passaram-se dias, anos, décadas, séculos, sai do violão, a crise econômica de 2008, empresários correndo com a mão na cabeça em Wall Street atrás da bufunfa perdida, disseram que o Michael morreu, Dilma Botox se candidatou para presidenta, Helôzinha cresceu um bocadinho e reapareceu-se, em algum dia de janeiro de 2010 a comunicação entre o violonista e eu, eu mesma, sem Irene. Repetiu-se toda a permuta de palavras e coisas em comum, e mais um pouco. Você sabe o que é o mais um pouco, porém o mais um pouco não é o X da questão aqui. Como muito bem conotado no meu título, o monstro era velho e magricela e velho. E eu sou uma pirralhinha que tenta organizar os livros de Biologia com a escova de dente na mochila, pra usar depois de comer o lanchinho no recreio da escola. Remetendo o pensamento àquele brinquedo de infância, não é possível encaixar uma bolinha num buraquinho de quadrado. Porém, tudo caminhou e no caso dele pedalou muito bem (pois ele é um dos grandes homens atuais que não solta gases por aí) enquanto isso nós esquecemos de calcular o X da questão; e nos distraímos com as continhas de somar e subtrair. Afinal, não era qualquer equação que calculava esse X, era uma de terceiro grau com direito a gráfico e análises.



Intervenção 2:
Autor: E quanto à amizade?
Machado de Assis: Não te irrites se te pagarem mal um benefício, antes cair das nuvens que de um terceiro andar.


Uma década e mais um muito de anos significa muito quando se trata de um menor como eu, no código penal está escrito que não pode. Essa é a solução de X, simples, mas difícil de ser calculada. Ficar ignorando-a e manter a equação sem solução é só mérito da personagem da música dos Beatles, “I saw her standing there” onde a menina de 17 aninhos consegue facilmente os velhos John Lennon ou Paul McCartney com seu look extremamente sedutor. Fomos nos distanciando até que a bomba estourou. Mas não explodiu em mim, afinal tudo foi só fruto de um unidunitê durante uma crise de um oitavo de idade. Ao contrário de como diz meu título, o músico não era um monstro (como ele sugeriu que fosse o meu título de post!) e sim um carinha muito bacaninha com dedos de aranha, morador do Jabaquara que eu tenho um grande carinho. Não foi dessa vez, amigo, mas como diz o Mário Broz: “Here, we go!” e eu vou indo procurar outro carinha para ser O escolhido e quem sabe mais um pouco. Por hoje é só. Nos vemos no próximo capítulo: “Heloisa e o menino normal” (Ele tem uma beleza moderada, não é pobretão nem playboy, tem uma idade nada característica, faz administração na faculdade, não é chiclete nem Don Juan, o típico normal, e esses são perigosos viu!) Até a próxima, garotão ou garotinha. Sejam felizes (e sortudos).

Intervenção 3:
Autor: Mas o amor muda muito as pessoas?
Machado de Assis: Não há como a paixão do amor para fazer original o que é comum, e novo o que morre de velho.


EXTRA! EXTRA!: Falando sobre mercado financeiro, bolsa de valores, dólares e investimentos; ou seja, Vitão, meu ex-namorado. A saga acabou, como já sabem. E ele já está com outra namorada enquanto eu, bobinha, estudo Euclides. Não que eu esteja manifestando uma pitada de ciúmes e veneninho (mas já manifestando); ela é a mesma coisa que a primeira namorada dele, não sabe diferenciar Austrália de Guiné-Bissau e esquece quanto é 2 laranjas mais 2 laranjas; além de um físico pouco agradável às pupilas humanas. As pessoas nunca aprendem, batem a cabeça infinitas vezes. E talvez ele esteja certo, talvez ele lide melhor com isso. Sim, estou morta de ciúmes, mas a opção foi minha de acabar com isso; não posso abraçar o mundo com minhas duas mãozinhas de pré-mocinha. E muito além disso, recebi recentes ligações deles e um uma delas foi comentado os seguintes tópicos: “Fui no motel hoje, bebi whisky e fiquei mal, na high society (imitando como me refiro a ele) está na moda ter amantes, você tem uma amiga legal?” Ai, que nojinho. Se houve um dia vontade de reatar esse namoro, as vontade baixaram a 0%, pelos mesmos motivos que acabei o namoro. Não queria, mas sou obrigada a concordar com o Cazuzão quando ele diz que a burguesia fede. Prefiro ficar no meu apê humilde na São Judas cheirando a leitinho de pêra. Se estou sendo rude, não sei... mas é aquilo lá, eu tiro onda pra onda não me tirar, eu tiro onda pra onda não me afogar!

Intervenção 4:
Autor: O dinheiro influencia os homens?
Machado de Assis: O dinheiro faz ouvir os surdos e ensurdecer os que ouvem bem.

Tchau.

2 comentários:

Anna Carolina Paz disse...

Amiga, você tem o físico agradável às pupilas humanas! E o Victor está procurando uma agulha no palheiro agora, sendo que ele possuia um cesto cheio delas ao seu lado. Enfim, Você é TUDO e os seus textos são mara! Um beijo, Anna Carolina.

Unknown disse...

q bom q nao houve um monstro na historia!!

beijao helozinha!!